Ser “fixe” é ser super legal, cool, e isso Lisboa sabe ser de sobra. É fato que existe um preconceito em relação a Portugal, normalmente os brasileiros nunca consideram o país em uma primeira visita à Europa. Quando decidem deixar esse preconceito de lado, acabam descobrindo cidades onde não só tem vontade de voltar, como também de morar. Lisboa é uma delas: uma cidade linda, cheia de história, comidas e vinhos bons, clima agradável, povo receptivo e o melhor, ótimos preços.

Moeda: Euro.

Idioma: Português (de Portugal).

Visto: Brasileiros não precisam de visto (estadia de até 90 dias). Ainda assim, é importante que o passaporte tenha validade mínima superior em, pelo menos, 3 meses à duração da estadia. Por exemplo, se você for ficar 1 mês passeando por Portugal, seu passaporte precisa ter validade de, no mínimo, 4 meses. Não costuma haver uma inspeção rigorosa na imigração, mas se solicitado, você deve ter em mãos: bilhete aéreo de ida e volta, comprovante de hospedagem, seguro saúde e comprovante de meios financeiros para cobrir seu período ali, equivalente a 75 euros por cada entrada no país, mais  40 euros por dia de permanência. Para estadias mais longas (estudo/trabalho), é necessário fazer a solicitação de visto.

Quando ir: Lisboa é uma cidade que pode ser visitada durante todo o ano. O inverno não é rigoroso, com um registro médio de temperatura mínima de 11oC em dezembro, janeiro e fevereiro. O mês com mais chuvas é novembro. Os meses mais quentes do ano são junho, julho, agosto e setembro, com máximas próximas de 30 oC . Em agosto, os dias podem ser mais abafados e quentes, mas nada comparado a um verão “tostante” brasileiro. Junho, mês dos santos padroeiros, é o mais agitado da cidade, com programação de festas o mês inteiro.

Como chegar: Para quem chega de trem, mais conhecido como “comboio”, as estações Santa Apolônia, Oriente e Sete Rios são bem próximas ao centro e ligadas à rede de metrô. Lisboa está a 1h55 de trem de Coimbra e a 2h45 do Porto.

O Aeroporto de Lisboa está a apenas 7km do centro da cidade. Com uma distância tão curta, o táxi pode ser uma boa opção para quem chega com malas. Até o centro, uma corrida não sairá por mais de 15 euros. Outra opção é o metrô que chega até o  aeroporto pela linha vermelha e funciona de 6h30 à 1h. Valor médio da passagem: 1,40€. Tem também o serviço Aerobus que liga o Aeroporto de Lisboa a vários pontos centrais da cidade e terminais rodoviários e ferroviários. Esse serviço faz paradas próximas aos principais hotéis e funciona diariamente entre 8h e 23h. Valor médio da passagem: 3,50€ só ida / 5,50€ ida e volta (válido para viagens ilimitadas dentro do percurso do Aerobus por 24 horas).

Quantos dias: Claro que quanto mais dias puder ficar em uma cidade, mais cantinhos novos você vai descobrindo. Se está de férias e de passagem em Lisboa e não quer deixar nenhuma principal atração de fora, separe 4 dias inteiros para a cidade e 1 para dar uma fugidinha até Sintra e Cascais.

Onde de hospedar: A melhor região para ficar em Lisboa é o centro, entre o Rossio e o Chiado. Dali, você poderá turistar a pé e terá acesso fácil ao transporte público para visitar regiões mais distantes.

Sugestão de hotéis: Lisbon Short Stay Apartments , 54 Santa Catarina ApartmentsLisboa TejoInternacional Design Hotel ,  Hotel Lis e Casinha dos Sapateiros.

Como circular: Dizem que se come muito em Portugal, mas ainda assim os portugueses são magros. Deve ser pela quantidade de ladeiras que tem pela cidade, é um verdadeiro exercício. Então prepare as pernas para caminhar! Você também poderá circular pela cidade de ônibus, metrô, os fofíssimos bondes e até mesmo elevadores. Sim! O Elevador de Santa Justa, por exemplo, te poupa de algumas ladeiras e realiza o transporte de passageiros entre a Rua do Ouro e o Largo do Carmo, no bairro Chiado, além de ter um mirante com uma vista incrível da cidade.

Bonde "eléctrico"

Bonde “eléctrico”

O que fazer:

BELÉM

É desse tradicional bairro, rico em história, que surgiu o famoso e único pastel de Belém. A aproximadamente 8km do centro de Lisboa, você vai conhecer o lugar onde em 9 de março de 1500, D. Pedro Álvares Cabral saiu para encontrar novos caminhos para a Índia e, sem o Waze, acabou se perdendo e descobrindo o Brasil. Você pode dedicar metade de um dia a esse bairro pois há muito o que visitar. E o mais importante: não é indicado ir à Belém às segundas-feiras, a maior parte das atrações estará fechada.

Como chegar: Pegue o “eléctrico” (bonde) 15 que sai da Praça do Comércio ou no Cais do Sodré. Chegando em Belém é super fácil, todas as paradas recebem nomes dos monumentos. Comece pela Torre de Belém, última estação de interesse, e depois que descer, poderá visitar tudo a pé.

Conheça a Torre de Belém, um dos Patrimônios Culturais da Unesco. Localizada na margem do rio Tejo, o monumento fazia parte de um sistema de defesa. É necessário ingresso para visitar a parte interna da Torre (6€).

Torre de Belém

Torre de Belém

Caminhando pela margem do rio, você chega ao Padrão dos Descobrimentos. O monumento é uma grande caravela construída para homenagear as figuras históricas envolvidas nos descobrimentos portugueses. De ambos os lados há um total de 32 personalidades da história dos descobrimentos, entre elas Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral. Com ingresso você pode ter acesso a um mirante com vista para o mar (3€).

Padrão dos Descobrimentos

Padrão dos Descobrimentos

Seguindo o caminho, você chegará ao Mosteiro dos Jerónimos. Sua construção começou no século XVI e se estendeu por uma centena de anos. Nele, estão os túmulos de Luís de Camões, Vasco da Gama, Fernando Pessoa, dentre outros. A arquitetura do lugar vale a visita. A entrada na igreja é gratuita, mas para entrar no mosteiro é necessário ingresso (10€). Você pode comprar ingresso com desconto combinando duas atrações.

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Mosteiro de São Jerónimos

Mosteiro de São Jerónimos

Com o nome de “Pastéis de Belém”, toldo azul e ao lado do Mosteiro, está o restaurante que vende o tradicional pastel de Belém que virou ponto turístico. Dizem que ali existe uma receita super secreta e nenhum outro terá o mesmo sabor. De fato, eles são uma delícia. Em Portugal eles respeitam a tradição e em todos os outros lugares o doce é chamado de pastel de natas, pastel de Belém só o original mesmo.

O original pastel de Belém

O original pastel de Belém

Vale também a visita ao Museu Nacional dos Coches (6€ o ingresso). Nele você vai viajar no tempo, vendo as carruagens do século XVII e itens históricos relacionados ao transporte.

Outras atrações do bairro são o Museu Coleção Berardo, com entrada gratuita, o Museu da Marinha (6€) e o Museu Nacional de Arqueologia (5€).

 

BAIXA

Vamos começar pela região mais central de Lisboa, a Baixa, também conhecida como Baixa Pombalina.

Nessa região está o Elevador de Santa Justa, usado como um meio de transporte, que sai da Baixa e vai até 45m de altura, chegando ao Chiado. Além de transporte, ele também abriga um mirante que vale pela vista da cidade.

Percurso: Rua do Ouro – Largo do Carmo

Horários e preços: No verão (01 de Março a 31 de outubro), o elevador e o mirante funcionam todos os dias até às 23h. No inverno (01 de Novembro a 29 de fevereiro), ambos funcionam todos os dias até às 21h. O bilhete para o elevador e miradouro custa 5€.

Vista do Miradouro de Santa Justa

Vista do Miradouro de Santa Justa

Ainda na baixa estão importantes praças de Lisboa, que são paradas obrigatórias aos turistas. Entre elas está a Praça da Figueira, onde fica a Confeitaria Nacional, um dos cafés mais antigos da cidade e a Praça dos Restauradores, de onde parte o Elevador da Glória, um bondinho que liga a Baixa ao Bairro Alto. Além dessas duas, há também duas principais praças: a Praça do Comércio, também chamada de Terreiro do Paço, e a Praça Dom Pedro IV, conhecida como Rossio.

No Terreiro do Paço, está o Arco da Rua Augusta, que foi construído em 1759 após a destruição da baixa lisboeta pelo terremoto de 1755. Você pode subir no arco para uma visão do alto em 360 graus da zona Baixa por 2,50€. Já a Praça do Rossio, ligada a Praça do Comércio pela Rua Augusta, tem em seu centro a estátua de Dom Pedro IV e ao redor ficam o Teatro Nacional Dona Maria II, a Estação do Rossio, de onde partem os trens para Sintra, e o Lisbon Story Centre, que é um centro tecnológico que conta a história de Lisboa.

Praça da Figueira

Praça da Figueira

Arco da Rua Augusta

Arco da Rua Augusta

Praça do Comércio

Praça do Comércio

Ligando a Praça dos Restauradores à Praça Marquês de Pombal, está a famosa e extensa Av. da Liberdade, uma avenida arborizada onde ficam lojas de artigos de luxo. Com um estilo meio parisiense, nela estão gifes famosas como Prada, Armani, Gucci, Louis Vuitton, dentre outras, além de hotéis de luxo, edifícios históricos e estátuas de escritores.

 

CHIADO E BAIRRO ALTO

Considerada a região mais artística da cidade, o Chiado está localizado entre os bairros da Baixa Pompalina e Bairro Alto, bem no centro. Junto com o Bairro Alto, formam a região mais boêmia da cidade, com bons restaurantes, bares, cafés, lugares históricos e também com opções para quem procura uma noite mais agitada.

Apesar do incêndio em 1988 ter destruído grande parte do bairro e seus edifícios Art Nouveau do século XVIII, o Chiado foi reconstruído e hoje é uma das zonas mais cosmopolitas de Lisboa. No Largo do Chiado está o Café à Brasileira (Rua Garrett, 120), um café fundado em 1905 e que tem a famosa estátua de Fernando Pessoa, frequentador assíduo do local. Na mesma rua, estão diversos prédios Art Nouveau e livrarias históricas.

Ainda no Chiado, estão o Museu Arqueológico do Carmo e as ruínas da Igreja do Carmo, construída no século XIV e totalmente destruída no terremoto de 1755. O Largo do Carmo é a praça que foi palco da Revolução dos Cravos, que deu início à democratização do país e livrou Portugal da ditadura.

Separando o Chiado do Bairro Alto, está a Praça Luís de Camões, com uma estátua do poeta bem em seu centro. Seguindo a Rua da Misericórdia, está o Museu de São Roque, um dos mais antigos de Lisboa e que possui uma coleção de arte sacra. O ingresso custa 2,50.

Na proximidade, está o Elevador da Glória, um teleférico que liga o Bairro Alto à Baixa. No Bairro Alto, considerado uma extensão do Chiado, está o Miradouro de Santa Catarina. Nesse mirante é possível ter uma vista incrível do rio Tejo.

Esse bairro também é famoso por ser o lugar onde a noite de Lisboa acontece. Suas ruas estreitas ganham vida diferente ao cair do dia, com seus bares, restaurantes e lojas abertas até tarde. Uma excelente opção para quem quer jantar em bons restaurantes ou quem gosta de viver a noite.

Se você é do tipo animado e que gosta de aproveitar até o sol raiar, o Cais do Sodré pode ser uma opção para continuar a noite e dançar. Na região é possível encontrar músicas para todos os gostos, além de restaurantes, bares e boates.

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ALFAMA E CASTELO DE SÃO JORGE

Localizado no ponto mais alto da cidade e próximo ao Chiado, está o Castelo de São Jorge. Construído no século XI, o castelo foi inicialmente um local de defesa para as elites que ali viviam. Após o século XIII,  foi transformado em paço real pelos reis de Portugal e escolhido para ser o local onde se realizaram festas e receberam personagens ilustres nacionais e internacionais. A visita vale a pena pela vista e pela arquitetura do lugar. O ingresso custa 8,50€.

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Vista do Castelo de São Jorge

Vista do Castelo de São Jorge

Como chegar: É possível chegar a pé, mas é tanta ladeira que suas batatas da perna vão agradecer se você pegar um transporte até o acesso ao castelo. Pegue o autocarro 737 (ônibus) na Praça da Figueira, o eléctrico 12 (bonde) na mesma praça ou o 28, que sai da Praça Martim Moniz. Na volta, desça a pé e aproveite para conhecer o bairro de Alfama.

Alfama é o bairro mais antigo e um dos mais típicos da cidade de Lisboa. É um lugar maravilhoso para caminhar e se perder pelas ruas. Nele estão dois importantes mirantes: o Miradouro de Santa Luzia e o Miradouro das Portas do Sol. Se estiver passeando por ali em um fim de tarde, vale assistir ao pôr do sol.

Alfama

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Ainda nessa região, está a Catedral da Sé, erguida a partir de 1147 sobre uma antiga mesquita. Nela, está a pia onde Santo Antônio foi batizado, em 1195. O santo casamenteiro nasceu e cresceu em Portugal e é o santo padroeiro de Lisboa. A entrada na igreja é gratuita.

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Ainda em Alfama, está o Museu do Fado. Para quem curte, o museu conta sobre esse ritmo que se tornou parte da história da música portuguesa. Funciona de terça a domingo, das 10h às 18h, e o ingresso custa 5€.

 

PARQUE DAS NAÇÕES

A região Parque das Nações, também como conhecida como Oriente, é a parte moderninha de Lisboa. Uma área que era antiga zona industrial e que foi totalmente revitalizada e modernizada.

Parque das Nações

Parque das Nações

Como chegar: a maneira mais fácil de chegar é de metrô, linha vermelha, até a estação Oriente. Ao desembarcar nessa estação, você já vai ter um gostinho do estilo dessa região, com uma estrutura arquitetônica única. A partir daí, é só caminhar seguindo as placas que indicam a direção para o Centro Comercial Vasco da Gama.

Estação Oriente

Estação Oriente

O Centro Comercial Vasco da Gama é um shopping que vale uma visita, mesmo que rápida. É um centro comercial com uma estrutura super arrumadinha. Se interessar fazer compras, deixe para a volta. Afinal, você não ficar o dia passeando com sacolas.

Atravessando esse shopping você chegará às atrações do Parque das Nações. Caminhando para direita (região sul), está o Pavilhão do Conhecimento, um museu interativo de ciência e tecnologia. Pode ser uma visita interessante para quem gosta do assunto ou quem viaja com crianças. Ingressos a 9€ para adultos, oferecem descontos para grupos, idosos e menores de idade.

Logo após o Pavilhão está o Oceanário, considerado um dos maiores da Europa. Nele, além de encontrar um aquário central gigante, também vai ver a recomposição de diferentes habitats do mundo. Ingressos a partir de 14€, com desconto para crianças, idosos e grupos.

Oceanário

Oceanário

Terminada a visita, caminhe até a estação do Teleférico, que é bem próxima. Você pode comprar ingresso de ida e volta (5,90€) ou apenas ida (3,95€). Aconselho pegar apenas ida, você terá uma visão do alto da região e poderá descer em uma parte que ainda não explorou. Quando descer, volte caminhando até a estação Oriente, assim não deixará nenhuma parte de fora e terá visto tudo.

Visto do teleférico

Visto do teleférico

 

PRÍNCIPE REAL

Sobrou tempo? Aproveite para visitar o bairro Príncipe Real. A região é essencialmente residencial e uma das mais caras para se viver em Lisboa. Além disso se transformou em um point de compras com lojas de design e moda, após o surgimento do Embaixada Mall (Praça do Príncipe Real, 26) e do indoor market chamado Entre Tanto (Rua da Escola Politécnica, 42). Vale também o passeio em duas praças que fazem parte da área: o Jardim do Príncipe Real e o Jardim de São Pedro de Alcântara. No bairro ainda estão o Jardim Botânico da Universidade de Lisboa e o Museu Nacional de História Natural e da Ciência.

Príncipe Real

Príncipe Real